Secretaria Municipal da Saúde

Sexta-feira, 17 de Outubro de 2025 | Horário: 18:00
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1º Simpósio Internacional de Unidades Pré-Hospitalares Fixas 2025 marca o avanço das UPAS na capital

Evento comemora o aumento de unidades e os serviços exclusivos, além da oferta de 1.053 leitos para urgência e emergências
A imagem mostra um grupo de pessoas posando em um auditório, em frente a um painel com o logotipo do Hospital Sírio-Libanês. Elas estão sorridentes e seguram placas de premiação ou certificados, indicando uma cerimônia de reconhecimento ou homenagem.  Há cerca de vinte pessoas — parte delas em pé e parte agachada na frente —, todas usando crachás com cordões azul-turquesa. O ambiente é bem iluminado, com fundo branco e banners azuis laterais com o nome e o símbolo do hospital. A atmosfera é de celebração e conquista profissional.

Na última quinta (16) e sexta-feira (17) a Secretaria Municipal da Saúde (SMS) promoveu o 1º Simpósio Internacional de Unidades Pré-Hospitalares Fixas. O evento, realizado no Instituto de Ensino e Pesquisa Sírio- Libanês, reuniu profissionais de saúde, gestores que atuam nestas unidades, além de pesquisadores de instituições nacionais e internacionais.

A Secretaria de Atenção Básica e Especialidades (Seabevs), a Coordenadoria de Gestão de Pessoa (Cogep) e a Escola Municipal da Saúde (EMS) uniram forças para que esse evento fosse um marco para celebrar especialmente o desempenho das Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da capital e o início de uma nova partida para ofertar serviços que norteiam a missão do Sistema Único de Saúde (SUS) de oferecer universidade, integralidade e equidade.  

Na abertura do evento, o secretário-adjunto, Maurício Serpa, parabenizou os profissionais que atuam nas UPAS e destacou que sair de 3 para 34 Upas foi um feito que exigiu um trabalho sincronizado de todos os envolvidos. Reiterou também que, até 2028, está programada a inauguração de mais 15 Upas, três delas já entregues em 2025:  Sacomã, Lapa e Ipiranga. Ele destacou ainda que 74% dos paulistanos aprovam o serviço oferecido por estes equipamentos, segundo pesquisa do Instituto de Pesquisas Sociais, Politicas e Econômicas (Ipespe). Na ocasião, foi anunciado o lançamento da Linha de Cuidado da Hipertensão na Gestação, com o protocolo de aplicação do sulfato de magnésio.

Já Sandra Sabino, secretária-executiva de Atenção Básica e Vigilância em Saúde (Seabevs), apresentou números que evidenciam o potencial das UPAs, como a oferta de 1.053 leitos pré-hospitalares, além do efetivo de 16.734 profissionais, entre médicos, profissionais de enfermagem e fisioterapeutas, entre muitos outros, que de janeiro a setembro de 2025 atenderam 5.750.660 pacientes.

A secretária-executiva destacou que as UPAs da cidade de São Paulo também são as únicas que possuem minilabs que, ao realizar a análise de exames clínicos, permitem uma expressiva redução no tempo de espera por resultados, o que, por sua vez, reduz a permanência dos pacientes no serviço.  “Outra iniciativa que contribuiu para o êxito das nossas UPAs foi a estratégia do Consultório Fast-Track, que atende os pacientes com a classificação de risco nas cores verde, azul e branco, de baixa complexidade, mas que buscam as unidades pré-hospitalares”, explica Sandra. Segundo a secretária-executiva, a medida permite liberar o fluxo emergencial da unidade para pacientes de média complexidade. Sandra enfatizou ainda que é preciso pensar em rede e unir esforços para que os casos de baixa complexidade sejam atendidos pelas Unidades Básicas de Saúde (UBSs). 

Eficiência, segurança e humanidade
O secretário-executivo da Atenção Hospitalar, José Carlos Ingrund, destacou o papel das unidades pré-hospitalares fixas entre a atenção primária e a hospitalar, cumprindo uma função estratégia de dar uma resposta rápida, resolutiva e articulada com os demais pontos da rede. “São Paulo avançou na estruturação desse serviço, investindo em estrutura, tecnologia, captação das equipes, integração dos fluxos assistenciais. Mesmo assim, ainda temos desafios como o de aprimorar a governança clínica, reduzir tempo de resposta, fortalecer a comunicação institucional e ampliar a equidade do acesso; agora, vamos planejar os próximos passos”, afirmou o secretário-executivo. 

Além das equipes da SMS, prestigiaram a abertura do evento convidados como Paulo Borem, diretor do Institute for Healthcare Improvement (IHI) para a América-Latina, realizou uma palestra sobre Equidade e Liderança e Luiz Fernando Reis, diretor de ensino e pesquisa do Hospital Sírio-Libanês comentou sobre a importância do SUS para a instituição que tem em sua missão forte responsabilidade social.   

Experiências Exitosas
O primeiro dia do evento foi vitrine para as experiências exitosas das Upas Lapa, Ermelino Matarazzo e Vergueiro III. A primeira destacou como foi a reestruturação para atender às demandas de pacientes privados de liberdade, evitando ao mesmo tempo o tensionamento no fluxo de atenção aos seus vários públicos, seguindo as diretrizes da Constituição, do SUS e da Política Nacional de Humanização. 

Já na UPA III Ermelino Matarazzo o destaque foi a implantação do método safety huddle para fortalecer a comunicação e a segurança assistencial entre a UPA e o Hospital Ermelino Matarazzo: todos os dias as equipes conversam 15 minutos sobre as necessidades que envolvam alta e transferência dos pacientes.  O projeto, em fase de implantação, destaca a importância de melhorar a interação entre os serviços. Na UPA Vergueiro III, o destaque apresentado foi a contratação de um serviço próprio de ambulância com UTI e médico, o que permite a transferência rápida em casos de emergência.    

Para Maísa Ferreira dos Santos, assessora técnica da Seabevs, o 1º Simpósio Internacional de Unidades Pré-Hospitalares Fixas abriu uma oportunidade para a abordagem de assuntos importantes e reflexivos envolvendo estes serviços, além do compartilhamento de experiências exitosas que mostram novos horizontes e perspectivas para os serviços. “Além disso, com este evento, a SMS promoveu integração entre as equipes e colocou a urgência e emergência na ‘vitrine’ da saúde. Com o UPAs em Ação pensamos na importância de trabalhar com a frente assistencial, transformando emergências com ciências da melhoria, diagnósticos e fluxos”, destacou. 

Durante a palestra “UPAs em Ação”, na tarde de sexta-feira (17), o diretor do Institute for Healthcare Improvement (IHI) para a América-Latina, Paulo Boren, ressaltou a estratégia dos cinco “erres” aplicados à saúde: Reconhecer, Resgatar, Reavaliar, Referência e Refletir, bem como a importância da padronização dos atendimentos, de modo que os profissionais que entrem na rede possam fazer os trabalhos com uniformidade e humana, dentro de um sistema de equidade. “As pessoas que estão na frente dos atendimentos devem chegar e encontrar um sistema que o ajude a se comportar daquela maneira padronizada, em que possa seguir aquele roteiro. Queremos formar gestores de qualidade e disseminar essa estratégia em todas as UPAs da capital”, ressaltou Borem. 

A cidade de São Paulo é pioneira na utilização desse modelo de trabalho voltado à excelência operacional na assistência ao paciente. O programa implantado nas unidades pré-hospitalares fixas 24h é conduzido pela Seabevs e conta com o apoio técnico e metodológico do IHI e da Sociedade Beneficente Israelita Brasileira Albert Einstein, por meio do Escritório de Excelência Einstein, organização de referência em melhoria da qualidade, segurança e eficiência operacional na área da saúde. Palestras sobre a segurança do paciente, o compartilhamento das experiências exitosas, uma mesa redonda sobre os serviços de urgência, como campo de ensino para prática em saúde e a implementação do projeto Sulfato de Magnésio no Manejo da Iminência de Eclâmpsia estiveram na programação do segundo dia do evento.

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