Hospital do Servidor Público Municipal
Julho Amarelo: Mês de Luta Contra as Hepatites Virais

Arte: Jessika Amorim
Texto: Alessandra Ueno
Hepatites são, basicamente, o processo de inflamação do fígado, seja por medicamentos, álcool, drogas, doenças ou vírus. No dia 28 de julho é celebrado o Dia Mundial de Luta Contra as Hepatites Virais, ressaltando a importância de conscientização sobre essas doenças.
No Brasil, entre 2000 e 2024, foram confirmados mais de 826 mil casos de hepatites virais, além dos casos de possíveis subnotificações, segundo informações do Ministério da Saúde. Já no Mundo, cerca de 300 milhões de pessoas vivem com essas doenças conforme dados da Organização Mundial da Saúde.
Existem cinco tipos de hepatites virais representados pelas letras do alfabeto A, B, C, D e E. Cada uma é causada por um vírus diferente, mas os mais presentes são as três primeiras.
As D e E são mais raras, sendo a primeira transmitida apenas em pessoas que foram infectadas pela hepatite B e a segunda é comum em locais como a Ásia e África e tende a ter características infecciosas mais leves.
Na hepatite A, a principal forma de transmissão é pela via oral-fecal, ou seja, fatores como a falta de saneamento básico, de higiene pessoal e pelo consumo de água e alimentos contaminados contribuem para a contaminação. Os sintomas não são muito específicos, variam desde fadiga, febre, até vômitos e diarreia. Essa doença possui uma vacina que age como uma das principais formas de prevenção.
Já na B, o contato com sangue contaminado ou relações sexuais desprotegidas é o meio de contágio mais comum. Essa hepatite é caracterizada como uma “doença silenciosa” já que pode não apresentar sintomas iniciais e, assim, dificultar o diagnóstico precoce. A evolução do quadro pode causar cirrose, insuficiência hepática e câncer. Infelizmente, a hepatite B não tem cura.
A hepatite C tem a forma crônica como a mais prevalente e o sangue como forma de contágio. Também é silenciosa e pode evoluir para um carcinoma hepatocelular.
As formas de transmissão citadas são as mais recorrentes, mas é importante alertar os profissionais da saúde sobre a necessidade de maior cuidado com objetos perfurocortantes. A contaminação por sangue e outros fluidos é um risco e esses servidores estão se arriscando todos os dias.
O tratamento varia e, dessas três hepatites, apenas a C não tem vacina. Quanto às medicações, é preciso seguir a prescrição médica já que a automedicação pode sobrecarregar o fígado e agravar o quadro.
Seja para profissionais da saúde ou para a população no geral, a vacinação é um ato individual, mas que impacta todo o sistema de saúde. A prevenção da hepatite é fundamental já que, ao cuidar de você, você também cuida do próximo!
Colaboração: Dr. Marcos Antônio Cyrillo, Coordenador do Serviço de Infecção Hospitalar do HSPM.
Produção: Assessoria de Relações Institucionais
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