O programa Smart Sampa, maior e mais completo sistema de monitoramento por câmeras da América Latina, consolidou-se como uma revolução na segurança pública da capital paulista em sete meses em operação.
Com 31.323 câmeras integradas – 20 mil são da Prefeitura e 11,3 mil conectadas por meio de parcerias com empresas e cidadãos, através de chamamento público – e uma taxa de 99,5% de precisão no reconhecimento facial, o sistema se tornou peça-chave na redução da criminalidade, na prisão de foragidos e no esclarecimento de crimes graves – tudo isso sem registrar nenhuma prisão equivocada desde sua implementação.
Os dados, apresentados em relatório oficial pela Prefeitura de São Paulo, comprovam a eficácia da tecnologia, que já auxiliou na prisão de mais de 1.300 foragidos e na solução de casos emblemáticos, como o assassinato de um ciclista no Parque do Povo e a morte de um empresário durante um assalto nos Jardins.
O prefeito Ricardo Nunes destacou a evolução do sistema. "Ajustamos o nível de similaridade facial de 90% para 92%, elevando a assertividade para 99,5%. Nosso objetivo é chegar a 100%, mas já podemos afirmar: nenhuma pessoa foi presa por erro do Smart Sampa. É segurança com precisão", comentou.
O relatório revela ainda que inconsistências caíram drasticamente – de nove casos em dezembro de 2024 para apenas um em maio de 2025 –, graças a uma equipe de auditoria que verifica cada abordagem da Guarda Civil Metropolitana.
Além de localizar criminosos, o sistema atua como ferramenta de investigação, tendo auxiliado a Polícia Civil a esclarecer 275 crimes, incluindo homicídios e latrocínios. As câmeras também foram decisivas para encontrar 69 pessoas desaparecidas.
"O Smart Sampa não cria bancos de dados próprios; utiliza informações oficiais da Justiça e da Secretaria de Segurança, garantindo transparência e legalidade", explicou Junior Fagotti, secretário-adjunto de Segurança Urbana.
Entre os foragidos presos, destacam-se 159 por roubo, 141 por tráfico de drogas, 50 por homicídio, 84 por furto, 31 por lesão corporal e 31 por estupro de vulnerável. O programa também foi essencial em 2.512 prisões em flagrante por crimes como furto, posse ilegal de arma e invasão de propriedades.
"Quando instalamos as câmeras, buscamos prevenir crimes, mas também oferecer resposta rápida. O sistema inibe ações criminosas e permite reação imediata", afirmou Fagotti.
A aceitação popular é outro marco: pesquisa do Instituto Real Time Big Data apontou 91% de aprovação entre os paulistanos.
"A população não pede apenas segurança; pede mais câmeras do Smart Sampa", ressaltou o secretário de Segurança Urbana, Orlando Morando. Com o lema "Sorria! Você está sendo protegido", a Prefeitura reafirma seu compromisso com tecnologia a serviço da vida, combinando eficiência e transparência.
Os números não deixam dúvidas: em menos de um ano, o Smart Sampa provou que inovação e segurança pública podem andar juntas, transformando São Paulo em referência para as cidades inteligentes do futuro.
Modelo para o Brasil
Desde sua inauguração, o Smart Sampa, central de monitoramento da Prefeitura de São Paulo, tem se destacado como modelo em tecnologia aplicada à segurança urbana. Mais de 50 autoridades, incluindo prefeitos, vice-governadores, secretários de segurança, vereadores, membros da Polícia Federal e diplomatas, já visitaram a estrutura para conhecer o sistema integrado de câmeras inteligentes e gestão por dados.
Entre os visitantes, estão 30 prefeitos de cidades como Palmas, Maceió, Belo Horizonte e municípios da Grande São Paulo, como Osasco, Barueri e Cotia.
Como funciona
Com algoritmos de inteligência artificial e câmeras de alta definição, o Smart Sampa é um sistema de monitoramento que identifica em tempo real invasões, vandalismo, furtos e veículos roubados por meio do reconhecimento de placas. A tecnologia também utiliza reconhecimento facial para auxiliar na busca por pessoas desaparecidas e foragidos da Justiça.
Integrado a órgãos como SAMU, CET, Polícia Militar e Civil, o sistema agiliza o atendimento a ocorrências. Toda chamada ou alerta detectado pelas câmeras é enviado imediatamente para a viatura mais próxima da Guarda Civil Metropolitana (GCM), garantindo resposta rápida a crimes como porte ilegal de armas, tráfico de drogas, descarte irregular de lixo e vandalismo.
A central do Smart Sampa conta com 320 agentes -- GCM (252), Defesa Civil (36), CET (12) e SPTrans (8) --, que monitoram a cidade ininterruptamente. O prédio da operação tem piso térreo, aberto ao público e à imprensa, com telões que exibem informações sobre programas municipais.
Mezanino e mais três pavimentos: abrigam a Coordenação do Smart Sampa, a Superintendência de Operações Especiais (SOI) – responsável pelo uso de drones – e a sala principal de monitoramento, com acesso restrito aos operadores do sistema.
O projeto reforça a segurança pública com tecnologia, aumentando a eficiência no combate a crimes e na proteção dos cidadãos da capital paulista.
